Só e só.

Sabe qual é o seu maior medo?
Pois é eu sei qual é o meu, solidão.
Viver rodeada de pessoas, e no fundo, não ver ninguém, não ter ninguém, não sentir ninguém. Saber que você não é autossuficiente, vai fazer com que sempre, sempre chegue um dia que você precisa de 4 mãos, ou de duas cabeças, de dois corações, ou de um conselho, de um carinho, de um amor. Incrível como essa palavra, solidão, me atemoriza. E quantas pessoas devem existir nesse mundo que são só ela e só. Não ter ninguém com quem contar, não ter ninguém com quem conversar, não ter ninguém pra ti dar aquela mãozinha. Sei, sei, essa semana estou beeem pra baixo, dá pra ver, mas ando inspirada, então, resolvo mesmo assim escrever. Voltando... Venho me sentindo assim, sem ninguém. Agora sim, podem me apedrejar. Todos que vivem ao meu redor vão ficar chateados, pois podem pensar que estou falando uma heresia, afinal, eles estão sempre perto de mim. Mas digo, estar perto, morar na mesma casa, ou mesmo se falar sempre, nem sempre é o que realmente precisamos. As vezes, a necessidade é um favorzinho, é uma atenção diferenciada, é uma surpresa de graça, é uma risada, é um beliscão, um carinho ou quem sabe até um silêncio. E comigo é assim, quando mais preciso, estou só. As vezes, a solidão escolhe companhia determinada, e as vezes não, e mesmo assim, estou só. Queria não me sentir assim, queria sentir que posso contar sempre com alguém, ter sempre alguém. Quem sabe um dia, quem sabe por um dia, quem sabe uma vez.