quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Dinheiro, ser ou não ser, eis a questão?

Sabe o que estou fazendo nesse exato momento? Assistindo ao filme mais a minha cara impossível. Algum palpite? 
Tá, vou dizer: Os delírios de consumo de Becky Bloom. 
Quem concorda? Então continua lendo.
Conta exatamente sobre mim, meu amor por compras e marcas, e minha vida financeira (claro que não cheguei a dever a ponto de não conseguir pagar), mas começar a dever me mostrou que ter dívidas é um pesadelo pra mim.

Bom, minha visão sobre as finanças não começou a mudar exatamente desse jeito. O início, foi em meados de não sei o ano, mas quando fiz minha cirurgia no joelho e decidi sair da Wizard (pra quem não sabe, eu dava aula de línguas). Então, sai de professora de língua com carteira assinada e tal, para, estagiária do Tribunal de Justiça. 

Quando veio o dia do pagamento, percebi o quanto de dinheiro eu tinha perdido enquanto era empregada. Tive plena consciência de que recebia muito bem e quanto gastava muito mal.  Bom, naquela época minha visão mudou, mas meus mal-hábitos não. Hoje sei que faz todo o sentido o versículo:
Não vos enganeis. As más companhias corrompem os bons costumes. (1 Coríntios 15, 33)
Não estou colocando a culpa em ninguém, a culpa é toda minha. Mas eu me deixava ser influenciada pelos hábitos e vontades de quem me rodeava, e estes passavam ser meus  também.

O crescimento da minha vida financeira então me deu vários aprendizados, como: 

  1. não dizer SIM quando quero dizer NÃO; 
  2. o que serve para os outros nem sempre serve para mim;
  3. dar valor ás coisas pequenas;
  4. ser precavido não é fora de moda;
  5. para ajudar os outros eu preciso primeiro me ajudar;
  6. pensar em mim não é egoísmo;
  7. só eu sei o valor do meu dinheiro;
  8. meu futuro depende de mim;
  9. o dinheiro vem e vai, mas o que eu conquisto através dele fica para sempre;
  10. trabalhar vai além de sobreviver.
Eu podia escrever mais umas 100 coisas que eu aprendi com o dinheiro e tudo o que o rodeia, mas deixo esses 10 itens que espero que quem esteja lendo reflita neles.

O que isso tem haver com os meus 24 anos e para o que vier nos 25?

Que durante esse ano que passou, fiz pouquíssimas compras fúteis (tipo sapato, roupa e afins), e quando fiz foi tudo à vista. E das vezes que desejei alguma coisa, corri atrás de trabalhar pra conseguir o dinheiro, na maioria, antes mesmo de gastar. E daqui para frente, desejo a mim mais força de vontade, persistência e muito trabalho, porque digo uma coisa, a recompensa de quem trabalha não é só dinheiro.

Hoje afirmo com um sorriso no rosto: sinto muito orgulho de mim mesma! Vocês não tem noção de como eu amo trabalhar. De como eu amo correr atrás, de ficar exausta e dizer dever cumprido, e conseguir,  e bater metas e ainda mais me superar dia-a-dia.

Não amo o dinheiro, mas amo a pessoa melhor que acredito que ele me ajudou a ver que eu podia ser. Não deixei de me sentir feliz ao fazer uma compra, nem mesmo de me sentir nas nuvens em ficar viajando entre as vitrines de lojas, quem me conhece sabe o quanto eu fico feliz em voltar pra casa com uma sacolinha nas mãos. Mas hoje essa alegria é muito maior em saber que fiz uma compra consciente e que o dinheiro gasto não vai me fazer falta depois.

Ainda tenho muito a aprender, e muito mais a me controlar, mas espero que o pouco da minha experiência possa influenciar a alguém a se sentir livre em relação ao dinheiro como eu me sinto.

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