terça-feira, 12 de maio de 2020

QUARENTENA

Um vírus novo apareceu, meio que do nada, do outro lado do mundo, mais precisamente na China... Isso ainda em 2019, e foi contagiando o mundo aos poucos, mas com velocidade, complicado explicar. Aí que afetou os países da Europa, chegou nos Estados Unidos .. Bom, sabe como é brasileiro né: "Nunca vai chegar aqui" E BUM, chegou!
Primeiros caso em São Paulo, e meio que nada mudou, até que... a quantidade de infectados triplicou e começou a aparecer em várias partes do país. Então as pessoas começaram a se isolarem, o governo então decretou o isolamento. E então, todos precisamos permanecer em isolamento social e saindo o mínimo de nossas casas.

Na primeira semana, diminuiu a quantidade de trabalho, fiquei um pouco agoniada porque tinha uma vida considerada agitada, e comecei a pensar que logo logo ia passar. E é isto, não passou. Hoje enquanto escrevo aqui, já estamos no 3º mês de quarentena. Um monte de gente continua agindo como se nada tivesse acontecendo, o número de mortos triplica a cada dia e o sistema de saúde da minha cidade está um caos.

Confesso que quase não saio de casa, quase não assisto jornal e afins, tudo o que sei é o que passa nas minhas redes sociais ou que chega até mim, porque eu não vou atrás. Então, quase não penso nesse terror, mas sei que meus pais sentem, meus irmãos sentem, meus amigos ficam apavorados. E quando fico pensando nisso, vejo que é desesperador mesmo.

O que mais me preocupa nisso tudo é que não consigo ver ainda a luz no fim do túnel, que está para passar sabe.. Começar a pensar em um novo futuro, a não ser que seja um tanto distante. Me preocupo no futuro da empresa em que eu trabalho, se voou continuar recebendo, se meus pais vão continuar recebendo, quando vamos poder pensar em mudar ou planejar alguma coisa sabe. É muita incerteza para uma pessoa agoniada.

No meu dia-a-dia, tento me acostumar a trabalhar em casa, mas é muito difícil gente, eu perco a atenção muito fácil, a internet é lenta, fora a falta dos colegas que conversavam ou animavam o local enquanto a gente fazia o trabalho duro. Agora, vivo no quarto trabalhando sozinha. As vezes coloco uma música, mas ainda assim, para mim é a pior parte.

Mas pelo menos, agora passei a priorizar outras atividades além do meu trabalho, como terminar de ler um livro, estudar outra língua, aprender sobre atitudes ou qualidades que me ajudam não só no profissional como a ser alguém melhor. Antes eu vivia tão no automático: Academia - trabalho - casa - dormir, que me interessar em me aperfeiçoar em algo me tiraria o tempo dessas outras coisas.

Não que eu tenha tempo livre, mas esse momento me fez perceber que tudo precisa de mudança, inclusive eu. Então, quando esse momento de pandemia passar, porque eu creio que vai, quero ser alguém diferente do dia em que isso tudo começou.

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